O que é risco?
Risco está relacionado à probabilidade de ocorrência de um evento que pode impactar positiva ou negativamente os objetivos de negócio de uma organização.
Na ISO 31000, norma específica que trata sobre as diretrizes de gestão de riscos, os riscos são definidos como “efeitos da incerteza sobre os objetivos”. Esses riscos podem se apresentar como ameaças (riscos negativos), onde as empresas decidem se vão reter, mitigar ou conviver com os riscos. Ou, como oportunidades, o risco positivo.
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Principais tipos de Riscos na homologação de fornecedores
Na homologação de fornecedores, os riscos podem ser definidos como todos os fatores internos ou externos ao parceiro de negócios que possam comprometer a segurança, a continuidade, a conformidade legal ou a reputação da sua empresa ao estabelecer um relacionamento comercial.
De forma prática, esses riscos podem ser classificados em
Riscos Financeiros
Risco financeiro está relacionado à probabilidade de ocorrência de eventos que podem ocasionar prejuízos financeiros para a empresa.
Em outras palavras, são situações que levam a empresa a perder dinheiro ou ter um baixo retorno nos investimentos, seja no curto, médio ou longo prazo.
Como exemplo podemos citar o risco de crédito, onde uma empresa pode realizar a venda de produtos por boleto e não necessariamente receber o pagamento do mesmo.
Riscos Operacionais
Os riscos operacionais estão relacionados às falhas internas de uma empresa, devido a questões como estrutura, produto e insumos que afetam a qualidade da operação de modo geral.
Danos na infraestrutura, multas regulatórias, falhas na segurança são alguns dos exemplos de riscos operacionais
Riscos Cibernéticos
Os riscos cibernéticos estão relacionados aos ataques criminosos ocorridos em ambientes virtuais. Tais eventos podem causar perda financeira, danos nas informações ou interrupção de sistemas.
Como exemplo temos ataques a senhas, reutilização de credenciais, bloqueio de acessos, vírus, etc.
Riscos Socioambientais
Os riscos socioambientais estão relacionados aos possíveis danos que uma empresa pode causar à sociedade, ao meio ambiente ou ao ambiente de trabalho.
Vale salientar que tais riscos estão presentes em diversos segmentos. Podem ser riscos químicos, biológicos, mas também incluem ações que aparentemente estão livres de ameaça, como um descarte inadequado de resíduos que afete a qualidade da água, por exemplo.
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Reduzindo riscos e acelerando a homologação de fornecedores
Para reduzir riscos e tornar a homologação de fornecedores mais ágil, é necessário adotar estratégias e práticas que organizem o processo, aumentem a assertividade das análises e garantam maior segurança em cada decisão.
1. Verificação de registros legais e licenças
O primeiro passo para reduzir riscos na homologação de fornecedores é garantir que a empresa esteja devidamente registrada e autorizada a operar. Isso inclui checar se o CNPJ está ativo, se possui alvarás em dia e se apresenta as certificações exigidas pelo setor de atuação.
2. Checagem de compliance e antecedentes
Além da parte documental, é essencial analisar a integridade do fornecedor e de seus sócios ou administradores. Pesquisar processos judiciais, histórico de falências e restrições financeiras ajuda a identificar riscos ocultos que podem comprometer a relação comercial.
3. Avaliação financeira
A saúde financeira do fornecedor é determinante para a segurança do contrato. Uma análise de balanços, fluxo de caixa e rating de crédito permite antecipar possíveis dificuldades no cumprimento de prazos e entregas.
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DRE: a importância de entender a saúde financeira dos seus fornecedores
4. Histórico de desempenho
Avaliar atrasos recorrentes, reclamações de clientes e índices de devoluções revela a consistência da empresa na entrega de qualidade e cumprimento de prazos. Um exemplo seria identificar que determinado fornecedor apresenta 10% de devoluções em pedidos, o que já é um alerta para riscos de não conformidade.
5. Revisão de contratos e garantias
Um boa gestão de contratos é um dos principais mecanismos de mitigação de risco. Cláusulas de multas, exigência de seguro de responsabilidade civil e garantias de fornecimento asseguram que, em caso de falhas, a empresa contratante não seja a única a arcar com os prejuízos.
6. Monitoramento contínuo
A homologação não deve ser vista como um processo estático. Monitorar constantemente os fornecedores, com acompanhamento de notícias, mudanças cadastrais e evolução de dívidas, permite detectar riscos em tempo real, mantendo o controle sobre as informações do seu parceiro.
7. Avaliação de riscos ESG
Cada vez mais relevante, a análise de critérios ambientais, sociais e de governança pode evitar riscos reputacionais e jurídicos.
Empresas que adotam boas práticas de sustentabilidade, possuem certificações ambientais ou políticas claras de descarte de resíduos tendem a oferecer relações mais seguras e duradouras.
8. Treinamento interno
Nenhum processo é eficaz sem que a equipe responsável saiba aplicá-lo corretamente. Investir em treinamentos periódicos sobre análise de risco e compliance de fornecedores capacita os profissionais a identificar sinais de alerta e lidar com situações complexas.
9. Auditorias periódicas
Mesmo fornecedores já homologados precisam passar por auditorias para validar se continuam atendendo aos padrões exigidos. Essas auditorias podem ser presenciais, visitando a fábrica para verificar processos de produção e segurança, ou remotas, solicitando documentação atualizada.
Esse acompanhamento garante que não haja relaxamento no cumprimento de requisitos ao longo do tempo.
Lembre-se: para reduzir riscos, também é preciso aprimorar processos internos.
À medida que as empresas expandem seus negócios, os processos internos devem ser flexíveis e dinâmicos o suficiente para acompanhar este crescimento na mesma proporção.
Com a homologação de fornecedores, o cenário não é diferente. Para analisar um número expressivo de parceiros comerciais e atender a constante evolução do negócio, são necessárias ações que agilizem o processo na análise de fornecedores e consequentemente reduzem riscos, a fim de garantir escalabilidade, transparência, velocidade e resiliência.
Mas por onde começar?
- Automatize etapas manuais: Centralize documentos, padronize checklists e integre bases de dados públicas para agilizar a triagem inicial e reduzir retrabalho.
- Utilize inteligência de dados: Ferramentas que fazem análise de crédito, background check e verificação do quadro societário em tempo real por exemplo, permitem decisões mais rápidas e assertivas, reduzindo o risco de aprovar fornecedores com passivos ocultos.
- Defina critérios de risco por categoria: Nem todos os fornecedores precisam do mesmo nível de profundidade na análise. Classificar por risco permite priorizar o que realmente importa. Isso evita desperdício de tempo com análises excessivas em fornecedores de baixo impacto.
- Crie fluxos de homologação flexíveis: Modelos engessados atrasam processos. Permitir níveis diferentes de exigência por tipo de fornecedor ou porte da empresa acelera a aprovação sem comprometer a conformidade.
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O papel da Inteligência Artificial na superação destes desafios
A inteligência artificial tem se consolidado como uma aliada estratégica para empresas que precisam lidar com os desafios da gestão de fornecedores e da segurança da cadeia de suprimentos.
Ao integrar dados de diferentes fontes e transformá-los em insights, a IA oferece às organizações condições reais de fortalecer sua resiliência, reduzir vulnerabilidades e tomar decisões mais seguras em todas as etapas do relacionamento comercial. Veja na prática como funciona:
- O uso da inteligência artificial permite avaliar automaticamente os riscos associados a fornecedores, levando em consideração fatores como estabilidade financeira, conformidade regulatória e histórico de desempenho durante todo o relacionamento comercial.
- Algoritmos de IA analisam grandes volumes de dados, identificando comportamentos na cadeia de suprimentos fora do padrão que indicam possíveis irregularidades. Isso proporciona uma resposta proativa antes que ocorram danos maiores.
- A IA possibilita o monitoramento contínuo e em tempo real, melhorando a capacidade de resposta, implementação de planos de contingência e reduzindo o impacto de fraudes.
- A IA pode ser empregada para fortalecer a defesa contra ameaças cibernéticas na cadeia de suprimentos. Isso incluindo: detecção de atividades suspeitas em redes digitais, proteção contra ataques de phishing e outras ameaças cibernéticas que poderiam levar a fraudes.
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Conclusão
Homologar fornecedores de forma segura exige atenção a diferentes tipos de riscos, desde os financeiros até os socioambientais. A adoção de práticas como checagem de documentos, análise de histórico e desempenho, revisão de contratos, monitoramento contínuo e uso de tecnologia torna o processo mais ágil e confiável.
Contar com soluções que permite uma visão rápida e ágil de toda a cadeia de suprimentos fortalece a capacidade da empresa de reagir proativamente a mudanças, melhorando a eficiência e a confiabilidade em toda a operação.
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