
A fragilidade da cadeia global
Primeiramente, os últimos anos trouxeram lições duras. Ficou claro que a tradicional Cadeia de Suprimentos é frágil. Principalmente diante de graves rupturas.
Segundo a pesquisa Resilience 360, a pandemia afetou 98% das cadeias globais. Consequentemente, indústrias que investiram em offshoring viram seus riscos aumentarem drasticamente.
O que é Reshoring?
Basicamente, o termo surge em oposição ao offshoring. Enquanto o offshoring leva a produção para países baratos, o reshoring faz o caminho inverso.
Ou seja, é trazer a produção de volta para o país de origem da empresa.
Com a guerra na Ucrânia e lockdowns, surgiram novas versões. Por exemplo:
- Onshoring: Produção no próprio país de consumo;
- Nearshoring: Produção em países vizinhos (como o México para os EUA). O objetivo é encurtar as cadeias.
O desafio da Gestão de Risco
A decisão pelo reshoring não olha apenas o custo. Ela considera o aumento da resiliência.
Além disso, permite maior controle sobre critérios ambientais e trabalhistas. Na União Europeia, por exemplo, existe um forte eixo de recuperação verde.
Portanto, a mudança envolve vários fatores de risco. Como falta de estoque, novas pandemias e tarifas.
Por que adotar o Reshoring?
Segundo o movimento Reshoring Initiative, os motivos são claros. Veja as principais vantagens:
- Proximidade com clientes;
- Incentivos governamentais;
- Disponibilidade de mão de obra qualificada;
- Proteção da imagem da marca;
- Redução nos prazos de entrega;
- Maior automação e tecnologia.
Os desafios da implementação
Por outro lado, trazer a fábrica de volta não é simples. Existem barreiras significativas. Entenda os 3 principais desafios:
1. Mão de Obra Especializada
Nos EUA, a força de trabalho perdeu qualificação. Comparada à Alemanha ou Japão, a produtividade é menor.
Isso acontece porque a experiência de fabricação foi transferida para fora. Consequentemente, recuperar esse conhecimento levará tempo e recursos.
2. Restrições Ambientais
Regras rígidas podem ser uma barreira. A China, por exemplo, permitia processos químicos proibidos no ocidente.
Contudo, a Europa exige fabricação limpa. Sob outra perspectiva, o reshoring ajuda o meio ambiente. Afinal, evita o transporte de produtos pelo mundo todo, reduzindo a queima de combustível.
3. Custos Trabalhistas
Não faz sentido realocar indústrias de mão-de-obra intensiva. Como vestuário e móveis. Nesses casos, o custo do salário pesa muito.
Nesse contexto, o nearshoring é a solução. Para os EUA, o México oferece custos competitivos em comparação à China.
Além disso, quem controla a própria fábrica tem agilidade. Diferente de quem depende 100% de terceirizados (outsourcing).
Conclusão
Em resumo, muitas multinacionais erraram a conta. Elas subestimaram os custos e riscos da produção na Ásia.
O coronavírus expôs essas falhas. Portanto, repensar a fabricação é urgente.
Tudo indica que o reshoring continuará forte. Ele será vital para criar cadeias de suprimentos mais resistentes e ágeis.
Sua empresa está preparada para monitorar esses riscos? A Gedanken pode ajudar.


