A Acreditação ONA tem se consolidado como um dos principais selos de qualidade para instituições de saúde no Brasil. Reconhecida por avaliar critérios rigorosos de gestão, assistência e segurança, ela representa um diferencial competitivo e uma importante ferramenta de melhoria contínua.
É fato que a qualidade na saúde e a segurança do paciente são temas cada vez mais discutidos entre gestores hospitalares e profissionais da área. Em um setor altamente regulado e sensível, contar com processos bem definidos e alinhados às melhores práticas é fundamental para garantir um atendimento eficaz e seguro.
Neste artigo, vamos explorar a importância da Acreditação ONA, como ela impulsiona a melhoria dos processos internos nas instituições de saúde, fortalece a segurança do paciente e, sobretudo, como uma cadeia de fornecimento segura é essencial para garantir esse cuidado.
O que é Acreditação ONA?
A acreditação é um processo voluntário, sigiloso que tem como objetivo avaliar a qualidade dos serviços de saúde, de acordo com padrões pré-estabelecidos.
No Brasil, a ONA (Organização Nacional da Acreditação) é a principal entidade responsável por certificar instituições que seguem boas práticas de segurança, gestão e qualidade assistencial.
O objetivo da acreditação é mais que “entregar um selo”, mas promover melhoria contínua, com foco em processos mais seguros e eficientes.
O selo pode ser concedido a hospitais, clínicas e outras instituições de saúde que demonstram excelência na prestação de serviços e é baseado em padrões internacionais e adaptados à realidade brasileira.
Mas o que isso significa na prática?
Se olharmos o cenário dos atendimentos de saúde no Brasil, observamos um dado preocupante. Dados, divulgados pela ONA com base em notificações feitas por serviços de saúde no sistema Notivisa, da Anvisa, apontam que entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Brasil registrou mais de 396 mil falhas relacionadas à assistência à saúde, que resultaram em mais de 2.300 mortes.
E onde a acreditação entra nessa equação? Mesmo sabendo que erros podem ocorrer, estes também podem ser evitados se houver protocolos definidos, monitoramento de indicadores, capacitação das equipes e o investimento em cultura voltada à segurança. E são justamente pilares que a ONA avalia durante o processo de acreditação.
Cenário no Brasil
O número de instituições acreditadas cresceu de forma constante e expressiva, passando de cerca de 260 em 2010 para mais de 1.300 em 2024, segundo dados da própria entidade. Isso reflete o reconhecimento da importância da acreditação para melhoria contínua da qualidade e conformidade dos serviços de saúde.
Como a Acreditação ONA impacta a melhoria dos processos?
Um dos principais efeitos da acreditação ONA está na organização e padronização dos processos internos das instituições de saúde. Vamos entender alguns pontos-chave:
- Padronização de protocolos e procedimentos– Hospitais acreditados devem seguir protocolos rigorosos para cada procedimento clínico e administrativo, incluindo variações no atendimento.
- Gestão de riscos– A Acreditação ONA exige que as instituições identifiquem, monitorem e controlem riscos em todas as etapas do atendimento, desde prevenção de infecções, segurança no uso de medicamentos, manutenção de infraestrutura, etc.
- Capacitação contínua da equipe– O processo estimula treinamentos regulares para os profissionais de saúde, alinhando conhecimentos e práticas às melhores evidências científicas.
- Monitoramento e indicadores de qualidade– As instituições devem acompanhar indicadores de desempenho, como taxas de infecção hospitalar, tempo de espera, satisfação do paciente, entre outros a fim de permitir ajustes e melhora constante.
De acordo com apuração do ONA com as empresas acreditadas, os números impactam positivamente. Após a acreditação, foram observados os seguintes aspectos:
- 38,1% das instituições relataram melhorias acima de 31% em processo de preenchimento de prontuários;
- 47,62% observaram uma redução superior a 31% nas falhas relacionadas a cadeia de medicamentos e de suprimentos;
- 38,1% relataram melhorias acima de 31% nos serviços de higienização.
Segurança do paciente no centro da Acreditação ONA
A segurança do paciente está no coração do processo de acreditação. Por isso, a ONA prioriza práticas que protejam o paciente em todas as etapas do atendimento, como:
- Protocolos para evitar quedas, erros de medicação, infecções e outros incidentes.
- Uso de pulseiras e conferência rigorosa para evitar troca de informações ou procedimentos.
- Comunicação eficaz entre equipes e pacientes.
- Listas de verificação e checagens antes, durante e após cirurgias.
- Controle rigoroso da higiene, manutenção de equipamentos e adequação das instalações.
Como ocorre o processo de Acreditação?
O processo de forma geral envolve auditorias rigorosas, análise de protocolos, avaliação de infraestrutura, capacitação de equipes e o comprometimento da instituição com a melhoria constante. Existem três níveis principais de acreditação:
- Nível 1 – Acreditado
- Nível 2 – Acreditado Pleno
- Nível 3 – Acreditado com Excelência
Veja no quadro abaixo as principais diferenças:
Fonte: ONA
Quais os pré-requisitos para obter a acreditação ONA?
As instituições de saúde que buscam obter o selo de Acreditação ONA devem estar atentas a alguns pré-requisitos, como:
- Serviço de saúde legalmente constituído há pelo menos um ano;
- Estar em dia com todas as licenças necessárias essenciais para a sua atividade, como alvará de funcionamento, licença sanitária, etc.
- Ter um responsável técnico de acordo com o perfil da empresa.
Se a sua organização preenche todos os pré-requisitos, o próximo passo é entrar em contato com uma Instituição Acreditadora Credenciada, que conduzirá os processos de avaliação de acordo com os padrões ONA.
O papel dos fornecedores na segurança do paciente
Falar sobre a segurança dos pacientes engloba muito mais que aspectos internos. Começa muito antes, na escolha de quem fornece os insumos e equipamentos necessários para manter o funcionamento da instituição de saúde adequado
Um fornecedor mal gerenciado ou não homologado pode abrir precedentes para diversas falhas que incluem: fornecimento de medicamentos fora das especificações e/ou com qualidade duvidosa, falta de conformidade com normas sanitárias, irregularidades quanto aos responsáveis técnicos, entre outros aspectos.
Por isso, falar de segurança do paciente também significa falar de uma boa gestão de fornecedores para assegurar à instituição:
- Fornecimento de insumos que atendam a padrões rigorosos de qualidade e estejam de acordo com o que estabelecem órgãos competentes;
- Entrega dentro dos prazos estabelecidos e com capacidade de suprir o abastecimento da instituição de saúde, para não comprometer o cuidado com o paciente garantindo aos gestores mais controle e previsibilidade;
- Avaliação contínua para promover melhorias e fornecer feedbacks identificando e corrigindo falhas rapidamente.
Use a tecnologia para construir uma cadeia de fornecimento segura
Empresas que buscam passar por um processo de acreditação ou que já estão acreditadas, precisam estabelecer diretrizes claras para gerenciar fornecedores durante o relacionamento comercial, estabelecendo KPIs, métodos de avaliação e planos de ação para promover a melhoria contínua.
A avaliação e homologação é o primeiro passo para selecionar fornecedores que estejam alinhados com os objetivos das instituições de saúde.
E em meio a uma ampla gama de fornecedores que devem ser avaliados periodicamente, contar com a tecnologia para selecioná-los, escolhendo os certos, traz mais agilidade na tomada de decisão com informações mais precisas. Afinal, soluções bem- estruturadas permitem:
- Verificar a regularidade do fornecedor quanto aos aspectos fiscais, tributários, integridade, ambientais e sociais;
- Checar regularidade perante órgãos competentes como Anvisa, Vigilância Sanitária.
- Verificar se o fornecedor opera de acordo com as boas práticas de compliance;
- Identificar práticas de trabalho análogo ao escravo ou trabalho infantil.
- Entre outros.
Conclusão
A Acreditação ONA é uma ferramenta essencial para a melhoria dos processos e a segurança do paciente nas instituições de saúde. Ela promove a padronização, o controle de riscos, a capacitação constante e o monitoramento de indicadores, criando um ambiente hospitalar mais seguro e eficiente.
Para pacientes, escolher instituições acreditadas significa ter mais confiança e tranquilidade durante o tratamento. Para gestores, é uma estratégia para elevar a qualidade, reduzir custos com falhas e aumentar a reputação da instituição.
A gestão de riscos da cadeia de fornecimento é um aspecto imprescindível para empresas acreditadas ou que buscam um processo de acreditação junto à ONA.
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